Fundamentos

Do ponto de vista científico, estou dedicada ao estudo e prática de três vertentes muito atuais do conhecimento: a Física Quântica, a Medicina Integrativa e a Psicologia Transpessoal.

A Medicina Integrativa e a Psicologia Transpessoal compreendem a saúde como um todo, que vai do físico ao transcendente. A saúde do indivíduo implica, então, em cuidados com o corpo, a mente e o espírito.

Felizmente aqui no Brasil o Ministério da Saúde aprovou uma Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, no ano de 20061 que, desde então, ratifica a utilização de práticas que pertencem a essa visão mais ampla no Sistema Único de Saúde. Em março de 20172 foi publicada uma portaria que insere mais práticas ao SUS, chegando a um total de 19.

Fico feliz de atualizar este número para 29 práticas integrativas oferecidas pelo SUS, no primeiro semestre de 2019. São elas: Apiterapia, Aromaterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Dança Circular, Geoterapia, Hipnoterapia, Homeopatia, Imposição de Mãos, Medicina Antroposófica, Medicina Tradicional Chinesa – acupuntura, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Ozonioterapia, Plantas Medicinais – fitoterapia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Terapia de Florais, Termalismo Social/crenoterapia e Yoga.

A visão de equilíbrio do todo baseada em práticas integrativas compreende a meditação e o uso da cura energética, oferecidas por mim.

Existe uma tendência na pesquisa científica mundial neste sentido3, que também acontece aqui no país em hospitais renomados, como o Sírio Libanês, o Albert Einstein e na UNIFESP, em São Paulo.

Por outro lado, a Psicologia Transpessoal vem sendo acolhida no Brasil como uma vertente contemporânea da psicologia4, que vê o ser humano no processo de individuação – como definido pela Psicologia Analítica5 – em busca da realização da sua alma, da dimensão que transcende a identidade do ego.

Somando-se a essas visões da saúde e da psique, a física quântica veio trazer novos parâmetros sobre o funcionamento de todas as coisas, acrescentando uma visão mais profunda, que implica na ampliação das definições de consciência, mente, eu, outro, Deus, ciência e religião6.

Considero que a busca da autorrealização é um movimento sagrado, relacionado à fé e às necessidades profundas do ser humano.

É natural do ser humano querer responder: Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? Qual o significado da vida?

Eu me dedico a encontrar essas respostas para mim e acompanhar meus clientes nessa busca.

 

Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde

Em virtude da crescente demanda da população brasileira, por meio das Conferências Nacionais de Saúde e das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) aos Estados membros para formulação de políticas visando a integração de sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos (também chamados de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa MT/MCA ou Práticas Integrativas e Complementares) aos Sistemas Oficiais de Saúde, além da necessidade de normatização das experiências existentes no SUS, o Ministério da Saúde aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, contemplando as áreas de homeopatia, plantas medicinais e fitoterapia, medicina tradicional chinesa/acupuntura, medicina antroposófica e termalismo social – crenoterapia, promovendo a institucionalização destas práticas no Sistema Único de Saúde (SUS).

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares tem como objetivos:

  1. Incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares no SUS, na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica, voltada ao cuidado continuado, humanizado e integral em saúde;
  2. Contribuir ao aumento da resolubilidade do Sistema e ampliação do acesso à PNPIC, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso;
  3. Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades e;
  4. Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde.

 

Entre suas diretrizes, destacam-se:

  1. Estruturação e fortalecimento da atenção em PIC no SUS;
  2. Desenvolvimento de estratégias de qualificação em PIC para profissionais o SUS, em conformidade com os princípios e diretrizes estabelecidos para educação permanente;
  3. Divulgação e informação dos conhecimentos básicos da PIC para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS, considerando as metodologias participativas e o saber popular e tradicional;
  4. Estímulo às ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral das ações;
  5. Fortalecimento da participação social;
  6. Provimento do acesso a medicamentos homeopáticos e fitoterápicos na perspectiva da ampliação da produção pública, assegurando as especificidades da assistência farmacêutica nestes âmbitos na regulamentação sanitária;
  7. Garantia do acesso aos demais insumos estratégicos da PNPIC, com qualidade e segurança das ações;
  8. Incentivo à pesquisa em PIC com vistas ao aprimoramento da atenção à saúde, avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança dos cuidados prestados;
  9. Desenvolvimento de ações de acompanhamento e avaliação da PIC, para instrumentalização de processos de gestão;
  10. Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências da PIC nos campos da atenção, da educação permanente e da pesquisa em saúde;
  11. Garantia do monitoramento da qualidade dos fitoterápicos pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

 

O Ministro da Saúde Ricardo Barros assinou a portaria em evento na última sexta-feira (24), em Porto Alegre

Portaria que amplia a Política Nacional de Práticas Integrativas (PNPIC) é assinada pelo ministro de Estado da Saúde, Ricardo Barros. O ato foi durante o 11º Encontro Holístico Brasileiro em Porto Alegre. Instituída em 2006, a partir da Portaria GM/MS nº971, com cinco práticas — homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa, Medicina antroposófica, plantas medicinais e fitoterapia e termalismo social/crenoterapia —, é incorporada à Política mais 14 práticas.

“A portaria traz um grande avanço para as práticas integrativas. Temos 1700 municípios que já ofertam. O desafio é convencer mais prefeitos e secretários de saúde a adotarem na oferta de serviços em saúde as práticas para ampliar o acesso da população”, falou o ministro Ricardo Barros.

Com a assinatura da portaria, arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e yoga passam a ter diretrizes para formação, implantação e pesquisa dentro da PNPIC. “Ter uma normativa é muito importante dentro do cenário nacional, pois fortalece as práticas no SUS. No âmbito internacional, insere o Brasil em uma agenda que vem ganhando força nos últimos anos”, defendeu Allan Sousa, Diretor do Departamento de Atenção Básica.

Essa nova portaria, em conjunto com a Portaria nº145/2017 publicada em janeiro, que incluiu no rol de procedimentos do SUS as práticas da arteterapia, meditação, musicoterapia, tratamento naturopático, tratamento osteopático, tratamento quiroprático e Reiki, fortalecem as PICS no SUS. Desta forma, fica registrado para o MS esses recursos terapêuticos que são ofertados pelos municípios, permitindo avanços significativos na PNPIC.

Contextualizando
As Medicinas Tradicionais e Complementares são compostas por abordagens de cuidado e recursos terapêuticos que possuem um importante papel na saúde global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem incentivando e fortalecendo a inserção, reconhecimento e regulamentação destas práticas, produtos e seus praticantes nos sistemas nacionais de saúde.

O Brasil define as Medicinas Tradicionais e Complementares como Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). A realidade do Brasil se destaca, pois as PICS estão inseridas em um sistema público e universal de saúde, fortemente estabelecidas na Atenção Básica, de forma integrada ao sistema e não à parte, como ainda acontece em outros países.

Os dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), de julho de 2016, apontam a existência de mais de 5.514 estabelecimentos de saúde ofertando pelo menos uma prática integrativa, o que corresponde a 7,7%. A oferta está distribuída em 18,2% dos municípios do país, contemplando todas as capitais. Na rede de serviços, estão distribuídos da seguinte forma: 78% na atenção básica, 18% na atenção especializada e 4% na atenção hospitalar.

O 2º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ) avaliou mais de 30 mil equipes da AB em território nacional e demonstrou que as PICS estão presentes em todo o país, com o objetivo de induzir a ampliação do cuidado. O PMAQ trouxe informações individualizadas por equipe, ampliando as possibilidades de monitoramento da Política.

Os resultados deste ciclo do PMAQ revelaram que mais de 5.600 equipes de saúde da família realizavam alguma PICS.

Nos últimos 11 anos, a PNPIC serviu de referência para estados e municípios, que, ao longo dos anos, elaboraram políticas e/ou regulamentação para os serviços de PICS na rede pública de saúde, por meio de normas, portarias e leis. As regulamentações em nível municipal e/ou estadual avançaram, inclusive, no sentido de contemplar outras práticas, com base em critérios locais, considerando aspectos epidemiológicos, demográficos, socioeconômicos, culturais, entre outros.

 

3 A Medicina Integrativa é uma abordagem orientada para um sentido mais amplo de cura, que visa tratar a pessoa em seu todo: corpo, mente e espírito. Enfatiza as relações entre o paciente e o médico, e combina tratamentos convencionais e terapias complementares cuja a segurança e eficácia tenham sido cientificamente provadas.
Essa modalidade, atualmente muito difundida nos Estados Unidos por inúmeros lideres entre eles o médico Andrew Weil, eleito pela revista Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, estabelece que a boa medicina é a que utiliza todos os tipos de terapias consagradas cientificamente, sejam elas oriundas da medicina convencional ou de sistemas médicos tradicionais. Ela visa abordar a pessoa em seu todo, incluindo os aspectos do estilo de vida, enfatizando as relações terapêuticas entre o paciente e o médico.
Hoje, a Medicina Integrativa “Integrative Medicine” está presente em mais de 60
centros universitários acadêmicos americanos como: Harvard, Arizona, Massachusetts, Mayo Clinic, Cleveland Clinic, Califórnia, entre outras. Pessoalmente, mantenho relações acadêmicas com a Universidade do Arizona, Universidade de Harvard e Universidade de Massachusetts.

O programa clínico e educacional mais bem estruturado de Medicina Integrativa nos EUA se encontra hoje na Universidade do Arizona e tenho enorme satisfação de ser o primeiro brasileiro a participar de seu programa de Fellowship.
Tenho aprendido que ao invés de trazer novos métodos terapêuticos ou novas tecnologias isoladamente, devemos focar nossa atenção em perceber o paciente em suas demandas, respeitando sua autonomia e poder pessoal, esta relação tem sido à base do nosso trabalho.

Os princípios da Medicina integrativa:

  • Uma parceria entre o paciente e o médico no processo de cura.
    • Uso apropriado de métodos e terapias oriundos da Medicina Convencional e de Sistemas Médicos Tradicionais para facilitar o processo inato de cura.
    • Consideração de todos os fatores que influenciam a manutenção da saúde e o aparecimento
    das doenças, incluindo-se o corpo, a mente e o espírito, bem como a comunidade (suporte social).
    • Uso de métodos e terapêuticas naturais, efetivas e não invasivas sempre que possível.
    • Utilização de conceitos cientificamente atestados na promoção da saúde e na prevenção
    e tratamento das doenças.
    • O estabelecimento de uma abordagem interdisciplinar e transcultural comprometida com o processo de autoconhecimento e desenvolvimento.
    • Reconhecimento que a boa medicina deve ser baseada em boa ciência, devendo ser investigativa e aberta a novos paradigmas.

 

Por Dr. Paulo de Tarso Lima
Referência: http://medintegrativa.com.br/medicina-integrativa/

 

A psicologia transpessoal surgiu nos EUA, em 1969, a partir do encontro de Abraham Maslow, Stanislav Grof e outros importantes psicólogos e teóricos. Saudada como a quarta força da psicologia, buscava integrar à psicologia as vivências espirituais e as experiências chamadas “transpessoais”, caracterizadas por um estado de consciência superior, que contém todas as experiências anteriores do indivíduo e prossegue no sentido de conduzir o ser humano em direção à transcendência. Fazendo pontes entre as muitas escolas ocidentais de psicologia e as tradições espirituais do Oriente e do Ocidente, a psicologia transpessoal chegou a ser confundida por alguns críticos com uma abordagem sincrética ou uma nova forma de religião “new age”. Nos dias correntes, seus principais teóricos esforçam-se no sentido de mostrar que se trata de uma abordagem psicológica conseqüente e rigorosamente científica, distante da New Age e de práticas ditas “alternativas” ou “holísticas.

Trecho tirado de:
Psicologia transpessoal: algumas notas sobre sua história, crítica e perspectivas, Vicente Galvão Parizi.

O CRP-SP apresenta uma pesquisa para documentar e oficializar o movimento crescente de pesquisas na psicologia transpessoal , afim de deixar mais claros os limites entre a ciência e o senso comum:

Volume 3 Psicologia, Espiritualidade e Epistemologias Não Hegemônicas
São Paulo · 2016 · 1ª Edição
Conselho Regional de Psicologia SP – CRP 06
COLEÇÃO PSICOLOGIA, LAICIDADE E AS RELAÇÕES COM A RELIGIÃO E A ESPIRITUALIDADE

 

O Processo de Individuação na Psicoterapia Junguiana

Jung entendia a individuação como um processo que significava tornar-se um ser único, alcançar uma singularidade profunda, tornando-nos o nosso próprio Si-mesmo (JUNG, C.G. Psicologia do inconsciente, São Paulo, Editora Vozes,1984). Este processo ocorreria a partir do meio da vida, quando o homem, já tendo construído sua vida de relações de modo satisfatório, volta-se mais para seu mundo interno, em busca de resgatar aquilo que foi abandonado e ficou à margem da realização do ego em sociedade.

Jung trabalhou primordialmente com pessoas nesta faixa etária, da segunda metade da vida e coloca a individuação dentro desta perspectiva- o encontro com o mistério, o insondável, a morte e a espiritualidade – a busca do significado da vida.

No entanto, o pensamento junguiano floresceu enquanto ele vivia e após a sua morte, de modo a termos uma psicologia junguiana do desenvolvimento (que ainda está sendo construída) e que aparece nas contribuições de Neumann, Fordham, Edinger e entre nós, Carlos Byington, entre outros autores.

A partir das pesquisas com desenvolvimento, foi se construindo a ideia de que o processo de individuação pode ser entendido como aquele que ocorre durante toda a vida, como um diálogo entre o ego e o Self, mas diálogo este que vai assumindo contornos diferentes em cada fase da vida. Assim, podemos falar de individuação na infância, na adolescência, no jovem adulto, etc. “

Trecho de:
BOLETIM CLÍNICO – NÚMERO 20- JULHO/2005   Clinica de psicologia da PUC-SP.

 

Consciência Quântica

A despeito de todas essas novas e espetaculares considerações, o aspecto mais importante suscitado pela nova física foi demonstrar que os objetos quânticos são hábeis em interagir com o observador, alterando a forma como se apresentam de acordo com a intenção de quem os analisa. Por exemplo, se o experimentador usa um aparelho de medição de radiações, o objeto quântico se mostra como onda; mas se este utiliza um aferidor de massa, ele se revela como partícula. Essa interatividade entre o observador e o fenômeno observado motivou, no âmbito da própria ciência, a noção de que um campo consciencial não somente pode interferir na expressão do objeto quântico, mas que ambos são objetos de mesma natureza.

E logo surgiu a ideia de que a consciência seria o elemento, pertinente ao universo virtual, capaz de provocar o colapso da onda quântica, permitindo-lhe manifestar-se em suas variadas formas na dimensão real e concreta em que vivemos. Portanto, passou-se a admitir a existência desse novo domínio quântico – a consciência – aparentemente independente da dimensão exterior e ao mesmo tempo nela fundido, que não era matéria ou energia, possuindo, contudo, a mesma natureza de ambas as manifestações, uma vez que com estas é capaz de interagir.

O mais surpreendente, contudo, foi a inferência de que, como um evento igualmente quântico, a consciência revelava-se hábil não só em interagir ativamente com a dimensão exterior, mas igualmente em produzi-la. Assim compreendida, ela se mostrava agora ser o único objeto realmente existente no universo.

A consciência deixava de ser uma instância pertinente às sensações do eu e, extrapolando o âmbito da psicologia, tornava-se agora um potencial determinístico de ordem física. Em breve, um mais amplo sentido de unidade será conferido à constituição do universo, pois esse novo e abstrato elemento, a consciência, mostra-se ser, cada vez mais, o constructo capaz de unificar todos os fenômenos quânticos e de sustentar a realidade, segundo seu inerente padrão de observância. Assim compreendido, o primado da consciência será aceito como o princípio organizador fundamental não só da dimensão física, mas, sobretudo, e com muita mais propriedade, de todo e qualquer ser vivo.

De todos os novos conceitos semeados pela física quântica, esse tem sido, seguramente, o mais polêmico e de mais difícil aceitação pela comunidade científica tradicional. Contudo, facilmente se conclui que a cada dia esses pressupostos tornar-se-ão mais evidentes e crescerão no entendimento do homem, pois este tem pressa em convencer-se de que é um domínio abstrato muito além da matéria.”

Trecho de:

Da Física Quântica à Espiritualidade, Gilson Freire

http://www.gilsonfreire.med.br/index.php/gerais/fisica-quantica-e-espiritualidade

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