4 Dicas fundamentais para quem quer fazer terapia

1 – Faço terapia?

Temos quatro motivos básicos para escolher fazer terapia:

  1. Resolver um problema que não consegue sozinho
  2. Estar sofrendo
  3. Vontade de se conhecer melhor
  4. Desejo de mudar e evoluir

 

Resolver um problema leva a escolha de uma terapia que vai durar um tempo definido: o tempo que for necessário para resolver aquele problema! Podemos considerar que será uma terapia breve, focada naquela questão específica.

Já atendi pessoas que tinham uma pergunta bem específica, que foi respondida em pouquíssimas sessões ( duas ou três ) e pronto! Se este é o objetivo uma terapia na verdade não chega a acontecer, porque fazer terapia implica em um processo. Pode durar alguns meses e ajudar na situação que a pessoa vive naquele momento, que é uma questão de aprender a ajustar e pode acabar.

As vezes a questão a responder exige um tempo maior, por exemplo uma questão de insatisfação no trabalho, pode ser necessário fazer um processo um pouco mais longo para encontrar soluções para as muitas variáveis envolvidas.

Mas ainda estamos falando de resolver um problema.

Sofrimento! Esta é a situação mais urgente a ser resolvida!

Quando a pessoa já está em sofrimento precisa encontrar saídas, pois aquele sofrimento é a indicação da necessidade de se olhar e se cuidar. Costumo dizer às pessoas que me procuram que o sofrimento não vai acabar sozinho, porque ele diz respeito a mudanças, insatisfações, relacionamentos com pessoas tóxicas, situações de trabalho que oprimem e causam stress e ansiedade, e outras. Então o sofrimento exige um esforço de transformação, que normalmente vai funcionar melhor com a ajuda terapêutica, e às vezes de medicamentos durante um período para a pessoa se sentir melhor mais rápido.

Agora a vontade de se conhecer melhor costuma vir junto com o desejo de se equilibrar e evoluir, e isso pode durar o tempo que a pessoa quiser!

Normalmente existem objetivos a serem alcançados, um melhor trabalho, um relacionamento, um melhor relacionamento com a família, fazer uma transição de um tipo de trabalho para outro, transição da separação de um casamento, enfrentamento de um diagnostico de uma doença grave da pessoa ou de alguém próximo… e enquanto a pessoa busca estas respostas ela vai construindo seu equilíbrio e evoluindo sua consciência de si mesma e dos outros e do mundo.

Para algumas pessoas existe também o caminho de equilíbrio energético e espiritual, então aí se somam questões de cura e manutenção do campo energético e a exploração das questões de evolução espiritual, de propósito da alma e da vida.

Algumas questões precisam ser trabalhadas durante toda nossa vida, mas a terapia acaba sendo um apoio que torna essa busca mais agradável e confortável, nada como dividir com alguém que está na mesma busca e pode dar dicas.

De qualquer forma, fazer terapia é um compromisso consigo mesmo de alcançar uma vida melhor!

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2- Fazer terapia com quem?

Escolher fazer terapia já é uma grande decisão! Todo mundo sabe que isto significa que a pessoa vai ter que conversar sobre questões íntimas com um estranho….

Vai ter que se esforçar para mudar, para fazer novas escolhas e obter os resultados que está esperando: mais autoconhecimento, melhor gestão do equilíbrio emocional, realização de objetivos profissionais, pessoais e familiares.

É muito legal, mas dá trabalho!

Então precisa escolher fazer isso tudo com alguém que seja bom e agradável encontrar! Uma pessoa que te entenda, que realmente ouça o que vc tem a dizer e esteja preparada para encontrar opções e soluções que vc não veria sozinho!

Muito estudo e muita vivencia pessoal transformadora para que o terapeuta possa levar seu cliente até onde ele foi no seu próprio caminho evolutivo pessoal.

Tem que ter sintonia de valores, de como vê a vida, tem que ser um encontro que não aconteça por acaso, que vc sinta que está onde deveria estar!

Você deve usar sua intuição, buscar as características que são relevantes no profissional que vc procura: perfil de idade, homem ou mulher, linha de trabalho, experiência, localização, preço e empatia!

Pesquise o máximo que você puder, analise o currículo, a formação, os cursos, experiencia prática, e também peça indicação para alguém que você conhece e confia.

Existem muitas linhas diferentes: linhas mais comportamentais, com práticas corporais, a tradicional psicanálise com divã, com visão do ser humano como um todo até o espiritual…mas este é o assunto do próximo post!

Faça entrevistas sem compromisso, e perceba na prática como você se sente naquele local e com aquela pessoa. E decida com calma.

E se for psicoterapia online também experimente. Sempre será a escolha por afinidade.

Tudo isso vale a pena pela transformação e conquistas que virão depois.

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3- Qual a diferença entre psicoterapia e psiquiatria?

Psicoterapia – é um processo de autodescoberta e gerenciamento feito com um psicólogo.

Psiquiatria – é uma especialização dentro da Medicina, e normalmente são consultas com o objetivo de avaliar o estado geral da pessoa e prescrever medicamentos. O acompanhamento costuma ser quinzenal ou mensal no início e depois as consultas acontecem em intervalos maiores.

Estamos falando de dois processos que são bem diferentes entre si e que trazem uma visão que pode ser complementar no tratamento de situações de crise, ou de pessoas que tenham distúrbios mais graves.

Quando recebo em consultório alguém sofrendo muito, com problemas que não consegue administrar ou passando por situações de vida muito difíceis, eu indico somar os dois tratamentos. A medicação alopática oferece a possibilidade de diminuir o grau de sofrimento, que permite a pessoa dormir melhor, ter mais equilíbrio para realizar as tarefas do dia a dia. Mas tomar medicamentos não é a solução para o problema, sempre a pessoa precisará encarar e superar seus desafios acompanhada pelo psicólogo no processo da terapia.

Algumas pessoas preferem não tomar medicamentos alopáticos, então buscamos opções mais naturais como florais, homeopatia e fitoterápicos. A homeopatia é uma especialidade médica também, depende de avaliação e diagnóstico médico, que irá então prescrever o tratamento e medicamentos. Mas os fitoterápicos e florais são opções de mais fácil acesso. É possível comprar direto nas farmácias especializadas, de preferência seguindo indicação de um profissional da saúde.

Além do psicólogo e do psiquiatra temos o terapeuta. Terapeuta é um profissional que muitas vezes fez formação e trabalhou em outra área e mudou para a área de atendimento clínico, não fez formação em psicologia, mas pode ter formação em outra especialidade dentro da área de saúde, ou pode ter estudado e trabalhado com algo totalmente diferente. Conheço muitos bons profissionais que tiveram esta trajetória. Dedicados à sua segunda profissão que está relacionada ao seu desejo de coração, mas que por várias razões não haviam se dedicado antes, e têm a oportunidade e coragem de fazer isso depois. Estes profissionais normalmente oferecem técnicas que são conhecidas como integrativas, e têm reconhecimento do Ministério da Saúde, que inclusive tem um programa que oferece as técnicas pelo SUS.

A escolha de que tipo de profissional e forma de trabalho escolher depende do que você acredita. E também de experimentar e verificar na prática qual tratamento vai se adequar mais às suas necessidades naquele momento.

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4- Como escolher entre as linhas de psicoterapia?

Bem, se já não bastava ter que escolher o perfil do terapeuta, se é um profissional médico, terapeuta ou psicólogo, também tem a linha de trabalho pra complicar!

Temos um leque de opções bem amplo no campo da Psicologia!

Começa com a Psicanálise, que é a linha criada por Freud, focada nos conteúdos inconscientes reprimidos, que normalmente implica na utilização de divã, ou seja, a pessoa deita para fazer a sessão e falar de si mesma. Obviamente estou simplificando, mas em um post fica impossível falar com profundidade. Dentro desta linha existem várias sublinhas ainda.

Temos linhas mais objetivas, como a Comportamental e a Cognitiva, mais focadas em trabalhar mentalmente as questões.

O Psicodrama, que envolve dramatizações e práticas em grupo. A Gestalt centrada no aqui e agora.

Temos as linhas corporais e energéticas, que incluem uma visão da integração do corpo e da energia, além da mente; como a Reichiana. Estas implicam em exercícios e técnicas corporais.

E inúmeras opções que são abordagens diferentes de cuidar do ser humano.

A minha linha de trabalho é a Junguiana – a Psicologia Analítica, que pode ou não incluir práticas corporais. Eu fiz a formação de terapia corporal também. Mas além da visão junguiana também busquei a visão da linha Transpessoal, portanto utilizo na prática a soma das duas vertentes (dizem que Jung foi o primeiro transpessoal então esta seria uma ampliação natural). Esta é uma vertente que vê o ser humano como um todo, desde seus aspectos físicos até a alma.

Mas não podemos esquecer que cada profissional vai se identificar com a linha de trabalho que está escolhendo do seu próprio jeito. E na prática temos uma forma de trabalhar que é individual para cada profissional, que representa aquilo que ele estudou, as vivencias que teve no trabalho e como pessoa, e tudo aquilo que ele acredita. Tudo faz diferença!

Saber a linha de trabalho do profissional é um primeiro passo, mas na entrevista você deve explorar com o profissional aquilo que ele acredita e a proposta de trabalho que ele tem pra você.

E, mais do que tudo, você tem que se sentir bem na entrevista e ter vontade de voltar!

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Então, cuidar de si mesmo é um compromisso para a vida toda!

Você pode experimentar técnicas, terapeutas, viagens, cursos…. existem infinitas possibilidades para se conhecer e evoluir.

A cada momento você irá descobrir qual o formato é o mais adequado para a sua necessidade e vontade.

Seja livre para experimentar, se descobrir e ser feliz!

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